A propósito disto vem a edição do novo álbum, Zeitgeist, dos Smashing Pumpkins, uma das minha bandas favoritas entre 93 e 96. Após separação definitiva, eis que decidem retomar o activo. Não é que seja uma atitude condenável, mas eu prefiro manter a glória de um Deus do que assistir a uma actuação de um anjo caído. Pois por muito que o Bill Corgan possa almejar, os Smashing Pumpkins, foram aquelas quatro belas almas, que em conjunto, pariram uma boa dúzia das mais belas canções que o Rock Alternativo dos anos 90 viu singrar. E não é qualquer banda que se pode orgulhar de tal proeza.
Portanto, penso que esta reunião dos Smashing Pumpkins, para além de não ser bem uma reunião, pois só reúne o Bill Corgam e o baterista Jimmy Chamberlin, não é suficiente para dar a Corgan o regresso às suas músicas de sonho, nem ao seu desejado ambiente uterino. Para isso, era preciso estar todo o colectivo reunido, com a fabulosa D’Arcy no baixo e o James Iha na guitarra, e que pelo meio não tivesse havido desgaste emocional de todos como banda, e uma temporada vivida em mundos à parte.
Temo, portanto, que as bandas que já se reuniram nestes últimos tempos, como que para resgatar glorias idas, ou fazer render um peixe fossilizado, tenham às vezes o impacto menos esperado. Aguardamos então, sem muita expectativa, o regresso dos The Verve, dos Kula Shaker, por exemplo, e de quem bem mais entender.
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