O frenesinzinho gerado pela transmissão em directo do Live Earth, despoletou em mim uma crise existencial, que pelo andar, estou longe de resolver. Sinto que a música não é levada a sério em Portugal. Só posso deduzir que não pode ser. Desde miúdo que sou confrontado com a falta de informação e divulgação acerca de música. Não me considero especialmente inteligente por querer, ou desejar saber e ouvir mais música e não aceitar passivamente o que o panorama musical tem para me oferecer.
Ouço constantente, como justificação, para que as coisas corram como actualmente correm: dar ao Povo o que o Povo quer. O que para mim soa mais a propaganda do que outra coisa. Eu sou Povo. Sempre fui Povo e nunca me deram o que eu quis. Tive sempre que procurar noutro lugar, noutro país, para sentir que estava ligado a uma realidade que não era fruto da minha imaginação. Se calhar é esse o meu problema: a minha realidade não ser a de Portugal.
Provavelmente pela Música não ser levada a sério, o Live Earth teve esta décalage entre o directo e o que realmente foi em directo. Provavelmente não se investe a sério neste tipo de programação porque os resultados são menores. Entristece-me saber que além fronteiras há acontecimentos globais que parece que fazem uma curva quando passa por Portugal e chega horas depois. Fico sempre com esta sensação de frustração, e sinto-me pior ainda quando se trata de novidades e tendências musicais. Claro que a música que se faz por cá e toda a cultura gerada pelas pessoas para quem as televisões, revistas e jornais portugueses trabalham, é importante. Mas pelo amor de Deus não haverá espaço para coexistirem varias realidades?
Ouço constantente, como justificação, para que as coisas corram como actualmente correm: dar ao Povo o que o Povo quer. O que para mim soa mais a propaganda do que outra coisa. Eu sou Povo. Sempre fui Povo e nunca me deram o que eu quis. Tive sempre que procurar noutro lugar, noutro país, para sentir que estava ligado a uma realidade que não era fruto da minha imaginação. Se calhar é esse o meu problema: a minha realidade não ser a de Portugal.
Provavelmente pela Música não ser levada a sério, o Live Earth teve esta décalage entre o directo e o que realmente foi em directo. Provavelmente não se investe a sério neste tipo de programação porque os resultados são menores. Entristece-me saber que além fronteiras há acontecimentos globais que parece que fazem uma curva quando passa por Portugal e chega horas depois. Fico sempre com esta sensação de frustração, e sinto-me pior ainda quando se trata de novidades e tendências musicais. Claro que a música que se faz por cá e toda a cultura gerada pelas pessoas para quem as televisões, revistas e jornais portugueses trabalham, é importante. Mas pelo amor de Deus não haverá espaço para coexistirem varias realidades?
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